22 de set. de 2009

A CRISE DO TESTEMUNHO PESSOAL

Nunca houve um tempo como este onde tem se desencadeado um grande desinteresse em se conhecer a Deus e aos valores espirituais de seu reino.
A pureza da santidade tem desaparecido de forma assustadora e a simplicidade e o amor que atraía a presença de Deus para os cultos, na maioria das igrejas tem sido substituída pela instrumentalidade de muitas parafernálias tecnológicas e discursos psicoterapêuticos.
A capacidade de induzir e a sugestionar as pessoas a esses frenesis psicológicos tem funcionado como uma versão barata e falsificada do verdadeiro mover pentecostal que o Espírito Santo liberou sobre a igreja de Atos dos apóstolos.
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências”; (II Timóteo 4: 3)
O pecado tem sido sem dúvida, a verdadeira causa da ausência das manifestações do poder do Espírito Santo no seio da igreja, porque Deus jamais manifestará a beleza da sua glória em territórios profanados pelo pecado.
Esse déficit de poder e glória têm levado o povo a tomar caminhos alternativos para suprir uma demanda que só a santidade pode realizar, pois a santidade é um caminho que poucas pessoas se propõem a trilhar.
Diante dessa realidade a igreja tem se encontrado cada vez mais enfraquecida e com sérias dificuldades no cumprimento da sua missão aqui na terra.
“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará”. (Mateus 24: 12)
A crise moral e espiritual instalada no meio eclesiástico deu lugar a confusas manifestações espirituais, que estão totalmente adversas aos princípios reais que regem o reino de Deus.
“Porque Deus não é deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.” (1 Coríntios 14 : 33)
Por não ser Deus um deus de confusão, é simples a compreensão de que Ele sempre afastará o seu Espírito de tudo aquilo que venha a ser conduzido pela desordem.
Podemos perceber com isso que a verdadeira palavra profética encontra-se fora de cena e longe da mídia, porque com presença do pecado, Deus tem encontrado dificuldades para se achegar ao seu povo.
“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Isaías 59: 2)
“Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve”. (João 9: 31)
Estamos hoje diante do exato cumprimento da palavra de Deus, comparando os acontecimentos mundiais que estão diante dos nossos olhos com as palavras deixadas por Jesus nos evangelhos a mais de dois mil anos atrás.
É fascinante observar o nível de convergência no qual a palavra de Deus se manifesta, pois ela não se contradiz em nem um só ponto.
Contudo entendemos que não há nada de errado com o desenvolvimento de adequação que a igreja atual necessita experimentar para acompanhar o seu tempo, pois na verdade essa evolução se faz necessária para que ela se mantenha atualizada com as mudanças que ocorrem ao mundo ao qual ela está inserida.
O que na verdade ocorre é que todo esse processo de atualiza ção passa a não ser sadio quando eles começam a ferir os princípios estabelecidos pela palavra de Deus. A essência e a pureza do evangelho não podem ser substituídas pelo fermento que muitos líderes insistem em adicionar para acelerar o processo de crescimento de suas igrejas.
“E ordenou-lhes, dizendo: Olhai, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes”. (Marcos 8: 15)
“Um pouco de fermento leveda toda a massa”. (Gálatas 5: 9)
O reino de Deus não precisa ser fermentado e nem aditivado, pois ele possui uma essência natural.
Todos esses aditivos evolutivos que o homem tem adicionado para incrementar e dar mais sabor ao reino, na verdade tem alterado totalmente o seu sabor original, e em muitos casos algumas igrejas têm perdido sua essência de “Casa de Deus”, e estão sendo confundidas com os “clubes sociais de entretenimentos.”
O fermento tem servido somente de consolo para preencher artificialmente o vazio da falta da presença do Espírito Santo na vida da igreja, mas para que essa presença se manifeste, existe um preço alto de santidade a ser pago.
A santidade só é conquistada através da renúncia ao pecado quando pela fé a igreja corta definitivamente o cordão umbilical que a liga ao mundo. Muitas igrejas não possuem força moral para seccionar esse cordão de legalismo e elas se enroscam cada vez mais nele ganhando mais e mais a aproximação do mundo, e para manter a temperatura ambiente, o vazio dos cultos é preenchido por vários artifícios humanos que com o tempo tende a esgotar toda a energia dos líderes que insistem em algo que só a presença de Deus pode sustentar.
O mundo espiritual possui coerência e sincronismo, e nada funcionará fora do seu controle.


Pr. Edmagno - I.M.R - Colatina


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